Biografia



A História

Na época em que os oceanos beberam Atlântida, quando os conquistadores eram a esperança de um mundo melhor, antes dos deuses habitarem o Olímpio, os bárbaros impunhavam suas leis. Reinos opulentos guerreavam entre si, e, quando já quase não havia esperanças de uma vida sem mortes e sofrimento, surgiu um homem que unificaria os povos do norte e do sul, suas sandálias pisaram tronos cravejados de jóias. Destronou tiranos, buscou aventuras no Oriente e unificou boa parte do mundo conhecido. Este foi o primeiro imperador da România. Seu nome era Frederico Troa, o Conquistador.

Como surgiu os Anjos Baianos

Apenas de ter conseguido unificar a maioria dos povos, a paz reinante ainda era frágil. Os Normandos, Aquitânios e Visigodos começaram uma onda de invasão na Baia de Aluá, e o recém imperador Frederico Troá resolveu chamar o jovem Gran Valoroso Fidalgo dos Mistérios, de quem apenas tinha ouvido falar, e lhe pediu para que saísse por esse mundo à procura dos três dos mais bravos guerreiros da Terra para juntos formarem uma banda que levaria a música aos confins do planeta. Frederico acreditava que através da arte das musas, a música era possível mudar o mundo.
Entretanto, fazia-se necessário que os guerreiros encontrados fossem tão bons em tirar sons como na arte da guerra, pois também haveriam de se deparar com aventuras nas quais a peleja com a espada seria a única saída.
O Fidalgo saiu, então e, após três dias de cavalgada, escalou as Montanhas Geladas do Norte. Exausto e perto do cume, desmaia de frio e cansaço. Um lenhador, único ser humano que habitava o lugar tão inóspito, cuidou dele. No dia seguinte, um salvaria a vida do outro durante um duelo com Zeú, um monstro mítico comum nas epopéias da idade do Bronze. O Fidalgo se impressionou como o Cortador de Lenhas havia sido impiedoso com Zeú, cortando sua cabeça e lutando mesmo que muito ferido. Assim, o Fidalgo convidou o rude Cortador de Lenhas para entrar no grupo e o batiza de impiedoso, impar no machado e exímio tocador dos instrumentos percussivos que ele mesmo confeccionava.
A partir de então, os dois saem pelo mundo, pegam uma nau no Porto de Bohr, atravessam o Rio Gelado e depois o Rio de Aluá que deságua na Baia de Aluá. Lá nessa Baia, eles presenciam a Batalhas das Sete Ondas. Essa Batalha ficou famosa, pois os sete povos que guerreavam entre si encontraram-se, por acesso, no meio da Baia de Aluá e começou uma trágica batalha na qual apenas uma pessoa sobreviveu. A nau do Fidalgo e do Impiedoso esperavam o desfecho daquela sangria em que, em uma determinada hora, ninguém mais sabia qual inimigo estava lhe atacando. A névoa da manhã prejudicava a visão e o desfecho foi que todos os navios naufragaram. Apenas um homem do semblante sereno foi encontrado desmaiado abraçado a uma parte de um navio. Ele havia sobrevivido, pois era sobrinho de Poseidon o Deus dos Mares. O Fidalgo e o Impiedoso o resgataram e, após verem que se tratava de um grande guerreiro, descendente de um Deus e que carregava um instrumento rudimentar de teclas e um tridente o chamaram para entrar no grupo e o batizaram de “O Benevolente”, devido ao seu semblante e senso de justiça. 
Os três, ao chegarem perto do Reino dos Graves, percebem que aquele local havia sido tomado pelos Visigodos e por isso tinham que desembarcar em um lugar longe da vista desse povo inimigo. Conseguem desembarcar, chegar, despistar os inimigos e adentrar o castelo do Rei dos Graves que estava sitiado há semanas com apenas pouco mais do que cinquenta soldados restantes do seu grande exército. 
O Rei recebe com esperança os guerreiros, e juntos arquitetam um plano para expulsar os Visigodos mesmo com uma enorme desvantagem numérica. O plano dá certo graças à qualidade dos homens que lutam ao lado do Rei, e os Visigodos são expulsos da Baía de Aluá. O Fidalgo convida, então, o Rei para fazer parte do grupo já que se mostrou tão corajoso e que também é conhecido em todo o seu reino por tocar instrumentos de baixa frequência. O Rei aceita e deixa seu filho no trono. Juntos, os quatro, Fidalgo, Impiedoso, Benevolente e o Rei, ficam conhecidos com "Anjos da Baía" por terem expulsado os Visigodos da Baía de Aluá. Os quatro vão ao encontro do Imperador, que já sabia de tudo, mudando o nome dos quatro para "Anjos Baianos".



Fonte: Ascom Anjos Baianos